Avaliação por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico da disponibilidade óssea da... por Gabriel Fiorelli Bernini - Versão HTML
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU
GABRIEL FIORELLI BERNINI
Avaliação por meio da tomografia computadorizada de feixe
cônico da disponibilidade óssea da sínfise mandibular
BAURU
2013
GABRIEL FIORELLI BERNINI
Avaliação por meio da tomografia computadorizada de feixe
cônico da disponibilidade óssea da sínfise mandibular
Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de
Bauru da Universidade de São Paulo, para
obtenção do título de Doutor em Ciências
Odontológicas Aplicadas.
Área de concentração Estomatologia.
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Sanches Gonçales
Versão Corrigida
Bauru
2013
FICHA TÉCNICA
Gabriel Fiorelli Bernini: Concepção, execução, análises e dissertação do texto.
Prof. Dr. Eduardo Sanches Gonçales: Concepção e orientação.
Profa. Dra. Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen: Concepção e orientação.
Prof. Dr. José Roberto Lauris Pereira: Orientação e análise estatística
Daniel Selmo: Formatação, impressão e encadernação.
Bernini, Gabriel Bernini
B457a Avaliação por meio da tomografia computadorizada de
feixe cônico da disponibilidade óssea da sínfise mandibular
/ Gabriel Fiorelli Bernini. - Bauru, 2013
105 p. : il. ; 31cm.
Tese (Doutorado) – Faculdade de Odontologia de Bauru.
Universidade de São Paulo
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Sanches Gonçales
Nota: A versão original desta tese encontra-se disponível no Serviço de Biblioteca e
Documentação da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP.
Autorizo, exclusivamente, para fins acadêmicos e científicos, a
reprodução total ou parcial desta tese de doutorado, por processos
fotocopiadores e outros meios eletrônicos.
Assinatura:
Bauru, 30 de Janeiro de 2013.
Projeto de Pesquisa aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da FOB-USP em 26 de
outubro de 2011, processo número 147/2011
DADOS CURRICULARES
Gabriel Fiorelli Bernini
Nascimento
04 de março de 1983
Jaú – SP
Filiação
Octaviano Bernini Júnior
Rita de Cássia Fiorelli Bernini
2002-2005
Graduação em Odontologia pela Faculdade de
Odontologia de Bauru, da Universidade de São
Paulo.
2006
Aperfeiçoamento em Implantodontia no
Instituto de Ensino Odontológico, IEO.
2006
Prática Profissionalizante junto à Disciplina de
Cirurgia da Faculdade de Odontologia de
Bauru, Universidade de São Paulo.
2007-2008
Aperfeiçoamento
em
Periodontia
na
Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas,
APCD
2007-2009
Mestrado
em
Odontologia,
área
de
concentração em Estomatologia, Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São
Paulo.
2009-2011
Especialização em Implante pela Associação
Paulista de Cirurgiões-Dentistas, APCD
2009-2013
Doutorado
em
Odontologia,
área
de
concentração em Estomatologia, Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São
Paulo.
DEDICATÓRIA
É com muito amor e agradecimento que dedico este trabalho...
Em primeiro lugar a Deus, por minha vida, pela saúde e determinação a mim dadas, pela Sua proteção
e Seu imensurável amor, sem os quais seria impossível superar as dificuldades e alcançar meus
objetivos.
Aos meus pais, Octaviano e Rita que, com muito esforço e confiança, sempre me acompanham e me
incentivam a batalhar pelos meus sonhos, sonhos esses que os tomam como seus e me fazem ser uma
pessoa melhor a cada dia. Durante toda minha vida recebendo muito amor, carinho e dedicação. A
vocês que tanto amo, todo o meu carinho, respeito e gratidão.
AGRADECIMENTOS
À toda a minha família, a qual eu dediquei este trabalho. Em especial aos meus pais Octaviano e Rita,
em quem me inspiro nesta vida para continuar lutando pelos meus sonhos. Obrigado por tudo que
sempre fizeram por mim! Vocês são o melhor exemplo de pais e de família.
À minha Tia Ângela, Vó Orlanda e Lili que nunca deixaram de acreditar em mim e sempre me
apoiaram e incentivaram, muito obrigado.
Ao meu irmão Lucas, pelo carinho, companheirismo e ajuda durante os momentos mais difíceis.
Meu agradecimento especial ao meu orientador Prof. Dr. Eduardo Sanches Gonçales, pelos
ensinamentos, conhecimentos, compreensão e principalmente, paciência comigo compartilhados.
Aproveito ainda para agradecer pelos quase 5 anos de convivência, amizade e profissionalismo. Seus
conselhos e suas críticas me ajudaram a me tornar uma pessoa melhor e mais responsável. Muito
obrigado “chefe”.
À Profa. Dra. Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen pela amizade, ensinamentos, paciência e sempre
disposta a ajudar. Suas sugestões, conhecimentos e conselhos foram fundamentais para a realização
deste trablaho. Muito obrigado.
Ao Prof. Dr. Osny Ferreira Júnior, pela amizade, pelo exemplo, sensatez. Todos os sábios
conselhos que recebi, ensinamentos que me ajudaram sempre em todos os momentos. Muito obrigado.
À Profa. Dra. Ana Lúcia Álvares Capelozza, pela amizade, compreensão, ensinamentos e confiança
em mim depositados. Tenho um carinho muito especial por você. Muito obrigado.
Ao Prof. Dr. Eduardo Sant’Ana, pelos ensinamentos em Cirurgia Bucomaxilofacial e pelos 8 anos
de convivência, amizade e profissionalismo.
Ao Prof. Dr. Paulo Sérgio Perri de Carvalho, pelos ensinamentos, amizade e profissionalismo. Sua
experiência e conhecimentos ajudaram muito na minha formação.
Ao Prof. Dr. Renato Yassutaka Faria Yaedú, o qual participou da minha formação desde a prática
profissionalizante em cirurgia.
Ao Prof. Dr. José Humberto Damante, pelos ensinamentos, conhecimentos e companheirismo dia
após dia, resolvendo qualquer tipo de dúvidas e problemas na área de diagnóstico. Como um exemplo
de professor e de dedicação ao trabalho.
Ao Prof. Dr. Luiz Eduardo Montenegro Chinellato por sua contribuição em minha formação. Além
dos conhecimentos, ensinamentos e conselhos.
Ao Prof. Dr. Paulo Sérgio da Silva Santos, mesmo tendo convivido pouco tempo, obrigado pelos
ensinamentos e pela prontidão em ajudar.
Ao Prof. Dr. José Roberto Pereira Lauris pela realização das análises estatísticas.
À Elen de Souza Tolentino, irmãzinha querida, sempre companheira. Muitas conversas, conselhos,
almoços, viagens, risadas. Ajudas nos seminários, aulas, e sempre com muito carinho. Sem sua ajuda e
disposição sempre, não teria concluído minha pós-graduação. Muito obrigado “Tolents”.
À minha irmãzona Camila Lopes Cardoso, por nossa parceria, desde a época do estágio na cirurgia,
passando pelo mestrado, até todo o doutorado. Muitas cirurgias juntos, viagens, companheirismo, sua
disposição sempre em me ajudar, e com muito carinho. Minha pós-graduação seria mais complicada
sem sua ajuda. Muito obrigado “Camily”.
Aos queridos afilhados Thais Maria Freire Fernades e Marcelo Lupion Polleti o “Salgadinho”.
Vocês tiveram que me aturar durante esse tempo de mestrado, doutorado e até graduação. Um casal
que se completa e são muito parecidos, sempre com extrema dedicação, responsabilidade,
conhecimento e especialmente amizade e companheirismo, sempre. Muito obrigado.
Ao meu irmãozão Jorge Fiamengui, por muitos anos de convivência, desde o colégio, faculdade,
compartilhando apartamentos e pós-graduação. Sua grande amizade desde a infância, passando pelo
apadrinhamento no seu casamento com minha querida afilhada também Lívia Maria Sales Pinto, até
os hoje. Muitas conversas, risadas, conselhos, ensinamentos, companheirismo. Muito obrigado
“magrelinho”.
Ao grande amigo e companheiro de apartamento/república Thiago Freire Lima, sempre presente e
disposto a ajudar em todos os momentos, até mesmo me cobrando para não deixar de cumprir com
minhas obrigações da minha tese. Muito obrigado “Noya”.
À Melody Chase Diaz, que me ajudou muito durante a realização da tese. Seu carinho, amizade,
companheirismo e cumplicidade sempre foram essenciais. Muito obrigado “Tiqui”.
À minha irmãzinha Leslie Casas, sempre presente e companheira, desde a época do mestrado. Foram
muitos momentos juntos, conversas, conselhos, risadas. Muito obrigado “Lele”.
Ao Marcelo Bonifácio, o “Bona”, os 8 anos de companheirismo desde o estágio de cirurgia. Muitas
risadas, viagens, inclusive sem deixar a paixão pelo verdão de lado, nas inúmeras idas ao Palestra
Itália, cada uma dessas vezes com uma história engraçada pra contar.
À minha “parça” tão querida Thaís Sumie Nozu Imada, ao companheirismo, amizade e carinho que
tenho por você. Todo conhecimento e ensinamentos que tivemos nas nossas clínicas de pós-graduação.
Além das viagens e muitas risadas, como sempre.
Aos colegas do curso de mestrado e doutorado em Estomatologia Christiano Oliveira, Manuela
Rodrigues Godoy, Julierme Rocha, Eduardo Ribeiro, Luciana Fernandes, Vitor Hugo
Rodrigues, Kelen Tjioe, Leandro Scomparim, Maria Fernanda Madeira, Bruna Centurion,
Otávio Pagin e Edson Zen, por todo companheirismo e amizade.
Aos queridos funcionários do Departamento de Estomatologia: Alexandre Simões Garcia, Andréa
Cruz, Fernanda Cavalari, Josieli Farinha, Luciana Lozano, Marília Gião e Roberto Salles, pela
prontidão em ajudar. Cada um de vocês deixou sua importância em minha vida.
A todos os colegas os quais convivi estes anos, muitos dos quais são hoje meus verdadeiros amigos.
Todos os momentos de compreensão e amizade são especiais e muito significativos para minha vida.
Aos meus pacientes, a quem ensinei e com quem tanto aprendi, obrigada pela confiança, carinho e
amizade.
Ao Daniel Selmo "Bonné", pela formatação, impressão e encadernação deste trabalho.
À direção da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, na pessoa do Diretor
Prof. Dr. José Carlos Pereira.
À Comissão de Pós-graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo,
na pessoa do presidente Prof. Dr. Paulo César Rodrigues Conti.
À Coordenadora do Curso de Pós-graduação em Estomatologia, da Faculdade de Odontologia de
Bauru, Universidade de São Paulo, Prof. Dra. Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen.
RESUMO
Introdução: As características anatômicas dos ossos maxilares e suas possíveis variações
apresentam um grande interesse, pela crescente demanda por procedimentos cirúrgicos como
cirurgias ortognáticas e colocação de implantes osseointegráveis. Nessa perspectiva, existe
particular interesse em relação aos enxertos ósseos autógenos, considerando-se a necessidade
crescente de sua aplicação associados aos implantes, naqueles indivíduos com reabsorções e
defeitos ósseos. O conhecimento da anatomia e do conteúdo da área inter-forames mentuais e
possíveis implicações clínicas são ainda controversos e pouco documentados. A tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC) possibilita a reformatação da imagem em três
dimensões permitindo um estudo mais detalhado da região da sínfise mandibular. Objetivo:
Avaliar as dimensões da sínfise mandibular para enxertia óssea, nas reformatações
panorâmicas e parassagitais obtidas por TCFC. Material e Métodos: Foram determinadas: a
distância inter-forames mentuais, a distância entre a cortical vestibular e a cortical lingual e a
distância entre o ápice dos dentes anteriores inferiores e a base da mandíbula. Será avaliada
também a presença de alças anteriores do nervo mentual e extensão anterior das mesmas nas
duas reformatações. Utilizou-se 200 TCFC, de homens e mulheres adultos, proveniente dos
arquivos de imagem do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de
Bauru/USP. A visibilidade e as medições da sínfise mandibular foram avaliadas pela TCFC
através da ferramenta de distância do i-CAT Vision Software nas reformatações panorâmica
(RfPan) e parassagital (RfPsg) determinando assim suas medidas para realização de cirurgia
para remoção de enxerto ósseo. Resultados: A média das medidas da distância inter-forames
mentuais, para obter a largura da área doadora, foi de 42,27 mm; entre a cortical vestibular
externa e a cortical lingual externa, para obter a espessura total da área doadora foi de 10,31
mm para o lado direito, 10,07 mm para o lado esquerdo e 10,5 mm para a linha média; entre a
cortical vestibular interna e a cortical lingual interna, para obter a espessura do trabeculado
medular da área doadora foi de 5,82 mm para o lado direito, 5,54 mm para o lado esquerdo e
5,93 mm para a linha média; entre o ápice dos dentes anteriores inferiores, preferencialmente
os caninos, e a base da mandíbula, para obter a altura da área doadora foi de 13,03 mm para o
lado direito, 12,87 mm para o lado esquerdo e 17,86 para a linha média. A alça anterior do
forame mentual foi visualizada em 47 das 200 imagens de TCFC, ou 23,5% delas, sendo em
36 (18%) do lado direito e do lado esquerdo, 3 (1,5%) apenas do lado direito e 8 apenas do
lado esquerdo (4%). A média das medidas da distância entre a alça anterior e a base da
mandíbula foi de 7,02 mm para o lado direito e 6,73 mm para o lado esquerdo. Conclusões: A
sínfise mandibular pode fornecer um volume de 632,51 mm3 (32,47 x 4,87 x 4 mm), quando
utilizarmos as novas margens de segurança preconizadas, ou até 1.344,13 mm3 (32,47 x 7,87
x 5,26 mm), quando consideradas as margens de segurança previamente descritas. Esses
valores mostram a disponibilidade óssea da sínfise mandibular como uma das principais
opções para remoção de enxerto autógeno em reconstruções parciais dos maxilares.
Palavras-chave: transplante ósseo, tomografia computadorizada de feixe cônico, substitutos
ósseos, implantação dentária, mandíbula
ABSTRACT
Introduction: The anatomical characteristics of the maxillary bones and their possible
variations present a great interest by increasing demand for surgical procedures such as
orthognathic surgery and placement of osseointegrated implants. From this perspective, there
is particular interest in relation to autogenous bone grafts, considering the growing need for
their application associated with implants in those individuals with resorption and bone
defects. The knowledge of the anatomy and content of the mental inter-foramina area and
possible clinical implications are still controversial and poorly documented. Cone beam
computed tomography (CBCT) allows reformatting of a three-dimensional image allowing a
more detailed study of the mandibular symphysis region. Objective: To assess the dimensions
of the mandibular symphysis for bone grafting in panoramic and parasagittal reconstructions
obtained by CBCT. Material and Methods: Determined were: the mental inter-foramina
distance, the distance between the buccal cortical and lingual cortical and the distance
between the apex of the mandibular anterior teeth and the base of the mandibula. The
presence of anterior loops of the mental nerve and anterior extension of the same in the two
reconstructions will also be evaluated. Two hundred CBCT`s from adult men and women
were utilized, obtained from the image files of the Department of Stomatology, Bauru School
of Dentistry / USP. The visibility and measurements of the mandibular symphysis were
evaluated by CBCT through the distance tool from the i-CAT Vision Software in panoramic
(RfPan) and parasagittal (RfPsg) reconstructions, thus determining their measurements to
perform surgery for the removal of the bone graft. Results: The average measurement of the
mental inter-foramina distance, to obtain the width of the donor area was 42.27 mm between
the outer buccal cortical and external lingual cortical, and to obtain the total thickness of the
donor area was 10.31 mm to the right side, 10.07 mm to the left side and 10.5 mm to the
midline; between the internal buccal cortical and internal lingual cortical to obtain the
thickness of the trabecular medullary of the donor area was 5.82 mm to the right side, 5.54
mm to the left side and to 5.93 mm to the midline, between the apex of the anterior teeth,
preferably canines and the base of the mandibula to obtain the height of the donor area was
13.03 mm to the right side, 12.87 mm to the left and 17.86 to the midline. The anterior loop
of the mental foramen was visualized in 47 out of 200 CBCT images, or 23.5%, and in 36
(18%) of the right and left sides, 3 (1.5%) only on the right side and 8 only the left side (4%).
The average measure of the distance between the anterior loop and the base of the mandibula
is 7.02 mm to the right side and 6.73 mm to the left side. Conclusions: The mandibular
symphysis can provide a volume of 632.51 mm3 (32.47 x 4.87 x 4 mm), when the new
recommended safety margins are used, or until 1344.13 mm3 (32.47 x 7.87 x 5.26 mm), when
considering the safety margins previously described. These values show the available bone of
the mandibular symphysis as one of the main options for removal of the autogenous graft in
partial maxillary reconstructions.
Keywords: Bone transplantation, cone-beam computed tomography, bone substitutes, dental
implantation, mandible
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Reconstrução para visualização para implantes do iCATVIsion .......................... 43
Figura 2 - Limite mais anterior do forame mentual do lado direito (corte -
18.00) ..................................................................................................................... 45
Figura 3 - Limite mais anterior do forame mentual do lado esquerdo (corte
23.40) ..................................................................................................................... 47
Figura 4 - Longo eixo do canino direito (43) ......................................................................... 49
Figura 5 - Longo eixo próximo à linha média ........................................................................ 49
Figura 6 - Longo eixo do canino esquerdo (33) ..................................................................... 51
Figura 7 - Espessura entre a face cortical vestibular externa e a face
cortical lingual externa, na região do canino direito (43) ...................................... 53
Figura 8 - Espessura entre a face cortical vestibular externa e a face
cortical lingual externa, na região próxima à linha média ..................................... 53
Figura 9 - Espessura entre a face cortical vestibular externa e a face
cortical lingual externa, na região do canino esquerdo (33) .................................. 55
Figura 10 - Espessura entre a face cortical vestibular interna e a face cortical
lingual interna, na região do canino direito (43).................................................... 57
Figura 11 - Espessura entre a face cortical vestibular interna e a face cortical
lingual interna, na região próxima à linha média .................................................. 57
Figura 12 - Espessura entre a face cortical vestibular interna e a face
cortical lingual interna, na região do canino esquerdo (33)................................... 59
Figura 13 - Limite inferior da alça anterior do nervo mentual no longo eixo
do canino direito (43)............................................................................................. 61
Figura 14 - Limite inferior da alça anterior do nervo mentual no longo eixo
do canino esquerdo (33)......................................................................................... 61
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Média, medida mínima e medida máxima de todas as medidas
das distâncias na reformatação parassagital, na espessura de
0,3mm. ................................................................................................................... 69
Tabela 2 - Média, desvio padrão e erro do método da repetição das medidas
das distâncias na reformatação parassagital, na espessura de
0,3mm. ................................................................................................................... 70
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 11
2
REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 17
2.1
Variações Anatômicas ................................................................................................ 19
2.2
Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico ........................................................ 21
2.3
Enxerto Ósseo – Definição e características .............................................................. 23
2.3.1 Enxertos autógenos..................................................................................................... 24
2.3.2 Substitutos ósseos ....................................................................................................... 27
2.4
Sínfise mandíbular ...................................................................................................... 30
3
PROPOSIÇÃO ......................................................................................................... 35
4
MATERIAL E MÉTODO ....................................................................................... 39
4.1
Seleção e análise da amostra ...................................................................................... 41
4.2
Análise tomográfica ................................................................................................... 41
4.2.1 Reformatação panorâmica da Tomografia Computadorizada de
Feixe Cônico............................................................................................................... 42
4.2.2 Reformatação parassagital da Tomografia Computadorizada de
Feixe Cônico............................................................................................................... 43
4.3
Análise estatística ....................................................................................................... 63
5
RESULTADOS ......................................................................................................... 65
5.1
Média das medidas ..................................................................................................... 67
5.2
Análise estatística ....................................................................................................... 69
6
DISCUSSÃO ............................................................................................................. 73
7
CONCLUSÕES ........................................................................................................ 83
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 87
ANEXO.................................................................................................................... 103
1 INTRODUÇÃO
Introdução 13
1 INTRODUÇÃO
A crescente demanda por procedimentos como cirurgias ortognáticas e colocação de
implantes osseointegráveis, além da introdução de novas técnicas de imagem, tem renovado o
interesse no estudo das características anatômicas da maxila e da mandíbula e suas possíveis
variações. Nesta perspectiva, existe particular interesse em relação aos enxertos ósseos
autógenos, considerando-se a necessidade crescente de sua aplicação em planejamentos de
implantes, naqueles indivíduos com reabsorções e defeitos ósseos em que cirurgias de
enxertos ósseos são necessárias para que o tratamento possa ser realizado. O conhecimento da
anatomia e do conteúdo da área interforaminal e possíveis implicações clínicas são ainda
controversos (POGREL; SMITH; AHANI, 1997; SERMAN, 1989) e pouco documentados,
embora de grande importância pela possibilidade de interferir no sucesso da cirurgia (DE
ANDRADE et al., 2001; JACOBS et al., 2007; MAKRIS et al., 2010; MRAIWA et al., 2003).
A identificação do canal mandibular, de estruturas relacionadas e suas variações,
constitui pré-requisito fundamental no planejamento de cirurgias para colocação de implantes
em mandíbula e remoção de enxertos autógenos (ANGELOPOULOUS et al., 2008). Além da
própria variabilidade individual na localização, curso, corticalização e diâmetro do canal
mandibular, as variações anatômicas relacionadas a esta estrutura incluem: canais
mandibulares bífidos, forames mentuais adicionais e extensões que ultrapassam anteriormente
o nível do forame mentual através de canal incisivo ou da alça anterior do nervo mentual.
Existe relativa carência na literatura a respeito de definições das variações anatômicas
relacionadas à vascularização mandibular e aos métodos padronizados para avaliá-las.
Adicionalmente, tais variações anatômicas parecem variar de acordo com aspectos étnico-
geográficos das populações estudadas (LIANG et al., 2009).
A investigação radiográfica da região que vai ser submetida à cirurgia é um dos
principais aspectos pré-cirúrgicos que influencia no sucesso do planejamento e tratamento. No
entanto, as radiografias convencionais usadas atualmente, como as intra-orais (periapicais e
oclusais) e a panorâmica, apresentam uma grande limitação no que se trata da interpretação do
canal incisivo e da região do mento (JACOBS et al., 2004; MRAIWA et al., 2003).
Atualmente, com o avanço recente nos equipamentos imaginológicos, a tomografia
14 Introdução
computadorizada (TC) tem sido utilizada, que por meio da radiação X, permite a visualização
tridimensional do corpo humano (HOFSCHNEIDER et al., 1999).
Dentre as tomografias, há a tomografia computadorizada volumétrica de feixe cônico
(TCFC) sendo ela, um método de diagnóstico por imagem indicada especialmente para o
complexo dentomaxilofacial, amplamente utilizado na Odontologia. Ela possibilita a
reformatação da imagem em três dimensões dos tecidos mineralizados com mínima distorção
e dose de radiação e custo reduzidos, comparada à TC helicoidal. (LUDLOW, 2008;
LUDLOW & IVANOVIC, 2008). Esse exame permite ao cirurgião-dentista melhor
visualização das imagens e estruturas que até então não eram possíveis com o uso das
radiografias convencionais (LOUBELE et al., 2008; SCARFE; FARMAN; SUKOVIC, 2006).
Procedimentos de enxertos ósseos têm sido amplamente utilizados em indivíduos com
quantidades ósseas insuficientes em locais que receberão implantes osseointegráveis.
Cirurgias para aumento de volume ou altura do rebordo alveolar necessitam da aplicação de
um enxerto em bloco, com utilização de membrana – regeneração óssea guiada (BUSER et
al., 1996; ANTOUN et al., 2001) ou sem tratamento de membrana (RAGHOEBAR et al.,
1996; MCCARTHY et al., 2003a). Nos procedimentos de levantamento do seio maxilar, as
partículas de osso autógeno com ou sem substitutos ósseos são utilizados para otimizar o
volume ósseo antes, ou em conjunto com a colocação do implantes (LORENZETTI et al.,
1998; MCCARTHY et al., 2003b).
O enxerto autógeno tem sido sempre considerado o padrão-ouro quando há
necessidade de enxertia em áreas com defeitos ósseos. A região da sínfise mandibular
proporciona tanto osso cortical, quanto medular para promover a osteoindução e a
osteocondução, além de ser de fácil acesso para os cirurgiões. O acesso é relativamente
simples e não necessita de uma dissecação extensa, nem apresenta morbidade muito
significativa. Além disso, limita o desconforto a apenas uma área do corpo, a boca. O controle
da dor e da infecção é simples, e o indivíduo pode ir pra casa logo após o procedimento
cirúrgico. A técnica utilizada para remoção do enxerto ósseo da sínfise mandibular é
previsível quando realizada da maneira correta, tendo os cuidados necessários bem aplicados.
Um cirurgião dentista experiente pode utilizar seus conhecimentos para utilizar esse
procedimento para reconstruções de defeitos ósseos sem maiores complicações (CRANIN et
al., 2001).
Introdução 15
A partir de uma avaliação mais detalhada da anatomia da região da sínfise mandibular,
o volume ósseo disponível para enxertia óssea pode ser mensurado e quantificado pelas
imagens obtidas por meio das TCFC.