Conversas Francas sobre Casamento por Bill e Anabel Gillham - Versão HTML
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Bill e Anabel Gillham
CONVERSAS FRANCAS SOBRE
Casamento
Construindo um relacionamento duradouro
Reedição do livro Ele disse, Ela disse
Digitalizado por Zica
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SEMEADORES DA PALAVRA e-books evangélicos
SUMÁRIO
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...................................................................... . . . . . . . . . .4
................................ . . . . . . . . . . . . . .6
.......... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1
................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3
le Nos Fez Diferentes. Mas Por quê?
..................... . . . . . . . . . . .5
ara Ser Verdadeiramente Masculino
................... . . . . . . . . . . . . .6
e Que os Homens Realmente Necessitam?
...... . . . . . . . . . . . . . . .7
A Necessidade de Reconhecimento Estabelecida por Deus
ascido para Ser um Líder Piedoso
.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
...... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1
........................................ . . . . . . .1
inte Maneiras de Amar a Sua Esposa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1
omo as Esposas Soletram a Palavra “Amor” . . . . . . . . . . . . . . . . .1
ocê tem Observado Sua Esposa Ultimamente? . . . . . . . . . . . . .1
........... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1
Agradecimentos
Agradecemos aos que foram chamados por Deus
para fazer parte de nosso ministério como encorajadores,
ajudadores e queridos irmãos e irmãs. Por vocês terem nos
amado e partilhado suas vidas conosco, aprimoramos
nossa capacidade de compreensão, compaixão e
dedicação, a fim de nos mantermos na incumbência do que
Deus nos tem dado.
Gostaríamos de agradecer especialmente a nosso
filho, Will Gillham, cuja participação nesta obra foi
valiosíssima.
Prefácio
Três importantes coisas convergem neste livro,
tornando-o especial. A primeira e mais importante no
ministério dos Gillham é a crença de que a instrução bíblica
não se aplica apenas à salvação de nossas almas, as
também a nossas vidas. Cada cônjuge no casamento é, em
primeiro lugar, uma criação especial de Deus. Portanto,
porque Ele nos fez, torna-se então o único capaz de nos
estabilizar e tornar-nos aptos a atuar como pessoas
completas no matrimônio.
A segunda é a vasta experiência acumulada por Bill e
Anabel, os quais contaram com pessoas sinceras e
casamentos que se tornaram sólidos. Porque a maioria dos
fatos tidos como normal no matrimônio é adquirida através
da mídia. Nela as situações com freqüência não condizem
com a vida real ou com Deus, mas são tramas arbitrárias
de novelistas ou dramaturgos que brincam com o Senhor,
os quais normalmente transmitem aos personagens seus
próprios conflitos, pensamentos, anseios, rancores, suas
respostas e uma infinidade de teorias sociáveis ainda não
aceitas pela maioria da sociedade.
Bill e Anabel lidam diariamente com pessoas sinceras
que incorporaram às suas vidas tais valores,
pressuposições, lutas e necessidades e portanto precisam
ser tratadas para retornarem à normalidade. Para o cristão
isto significa a pergunta: De que forma meu
relacionamento conjugal está interligado com a vontade de
Deus e a incumbência que Ele me deu neste mundo?
Essencialmente, este livro defende a fé que se expressa
em submissão à sabedoria de nosso Criador, que planejou
tudo em benefício do homem, da mulher, da sexualidade,
do casamento, dos filhos, da família e da diversidade
humana.
Finalmente, há a verdadeira harmonia da empatia
que se originou entre duas pessoas diferentes, Bill e
Anabel, cuja transparência proporciona-nos uma visão
íntima sobre o processo do crescimento pessoal e as lições
práticas que os têm ajudado através de seus desafios
diários. Eles não sugerem a condição de alegria onde
existam problemas, mas de maneira realista ajudam-nos a
detectar a fonte de nossa dor e então apresentam-nos
maneiras pelas quais possamos agir para resolver nossos
conflitos e lutas.
Ao examinar este manuscrito, disse a mim mesmo:
Quero que meus filhos o leiam - este livro ajudará qualquer
casamento.
Jay Kesler
Cristo em Nós, a Esperança...
Seu novo nascimento em Cristo
proporciona-lhe uma nova identidade
- sua verdadeira identificação agora
e por toda a eternidade.
Capítulo Primeiro
Existem centenas de bons livros e seminários sobre
o casamento. Por que deveríamos escrever outro? Há
alguma nova e dramática descoberta que poderá
transformar o amargo matrimônio em algo doce e
agradável? Alguma coisa que possa modificá-lo, de bom
para ótimo? Sim! Cremos que haja. Nossa "descoberta" é
tão antiga quanto o registro do Novo Testamento. Também
para o cristão que ainda não compreendeu isso, a idéia
parecerá nova.
Falamos sobre o "mistério" do qual Paulo escreveu
em sua carta aos Colossenses. Como marido e esposa,
somos os primeiros a admitir que não estamos aptos a
fazer de nosso matrimônio um sucesso. Mas temos
aprendido que Cristo, vivendo em nós, está não apenas
desejoso de fazer com que o casamento dê certo, mas que
seja também belo.
Nossa descoberta para a melhoria
do casamento - e todos os outros aspectos
de nossas vidas - é permitir que Cristo
"viva" em nós a nossa existência diária.
"Fazendo o Melhor Possível - com a Ajuda de
Deus"
O amor ágape é ativo, isto é, no casamento, faz tudo
mais construtivo, edificante e perdoável entre os casais.
Entretanto, milhares de crentes têm descoberto que não
conseguem viver conforme o consistente estilo de vida
deste amor com seus cônjuges. Eles estão cientes de como
deve ser o casamento, mas parecem não estar de acordo
com este conceito.
Muitos casais cristãos estão tentando "fazer o melhor
possível - com a ajuda de Deus", talvez por jamais terem
tomado conhecimento do método bíblico (a fé que Jesus
pode fazer todas as coisas através de você) ou porque não
compreendem como aplicá-lo no dia-a-dia. Talvez, até aqui,
suas próprias falhas tenham-no preparado, através do
Espírito Santo, para uma estratégica resposta que
encontrará neste livro. A resposta denominada pela Bíblia
"o mistério" é: "Cristo em vós, esperança da glória" (Cl
1.27). Quando se trata de problemas matrimoniais, Jesus é
sempre o ingrediente esquecido. Isto é apenas uma
questão de compreender como cooperar com Ele para que
nosso Salvador possa trabalhar livremente através de cada
um de nós.
Dois Caminhos, Não Três
Casado ou solteiro, novo ou velho, há apenas duas
maneiras pelas quais o cristão possa atuar (a Bíblia chama
de andar): ele pode andar "no espírito" ou "na carne".
Infelizmente, alguns pensam que existe uma terceira, e
definem suas alternativas mais ou menos assim:
• “No espírito" significa dar aulas na Escola Bíblica
Dominical e ajudar as velhinhas atravessarem a rua.
• “Na carne" significa a cobiça pelo sexo oposto ou
por várias outras atrações mundanas.
• "Do meu jeito" é a terceira opção. Ela envolve meu
mundo trivial - comer, dormir, brincar com as crianças,
assistir a campeonatos, etc. - aquilo que consideramos
nem pecaminoso nem espiritual.
O problema é que a Bíblia não faz qualquer
referência à terceira opção. Ela fala sobre apenas dois
caminhos: "no espírito" e "na carne". E as definições
bíblicas são completamente diferentes das nossas: "No
espírito" significa confiança total no "Espírito de Cristo" (o
Espírito Santo) para expressar sua vida de amor ágape,
obediente, através de nós. "Na carne" quer dizer confiar
em nossas próprias forças, talento, habilidade, recursos,
padrões de vida, sagacidade e quaisquer outras coisas
similares para vivermos o dia-a-dia (leia Fp 3.3-9).
Satanás, o enganador, quer que os crentes vivam de
maneira a desonrar a reputação de Jesus Cristo. O plano de
Deus para nós, por outro lado, é que nossas vidas
enalteçam o seu Filho. Jesus honra o cristão quando este
permite que Ele viva por seu intermédio. Aquele que confia
em si próprio não conhecerá a vitória sobre o mundo, a
carne, os demônios; e causará desonra a Cristo. A
responsabilidade de fazer escolhas a cada momento entre
duas alternativas está sobre os ombros de cada cristão.
A terceira opção, "meu jeito", não é diferente da
segunda; é o caminho da carne, pois não utiliza a fé para
prosseguir a jornada. Para piorar as coisas, algumas vezes
em que pensamos estar andando no Espírito, na verdade
trilhamos a vereda da carne. Isto é real pelo simples fato
de nossa tão falada vida espiritual ser dirigida por nossas
próprias forças... no "poder da carne".
Cristo como Vida
Por que Jesus veio morar em você e em mim, ao
invés de ao nosso lado, sob nós, atrás ou à nossa frente? A
resposta é muito simples! O Filho de Deus é o único que já
viveu triunfalmente. Ele veio habitar dentro de nós para
expressar sua vida de vitória sobre o pecado por nosso
intermédio. Eis aqui uma expressão simples e resumida:
este é o novo plano, tão antigo como o registro do Novo
Testamento.
Pecado - Mais do que Conduta
Para andarmos em Espírito, as Escrituras nos
instruem quanto às coisas que tentam nos impedir de
atingirmos nossos objetivos.
Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao
pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos
a Deus, como vivos dentre os mortos, e os vossos
membros a Deus, como instrumentos de justiça (Rm 6.13).
Tenho novamente os dois "caminhos" - posso tanto
apresentar-me a Deus como fazer algo pecaminoso.
Veja, "pecado", no versículo acima, é um substantivo.
Porém se, ao lê-lo, você interpretá-lo como um verbo,
então não compreendeu uma das mais poderosas verdades
do Novo Testamento onde esta palavra significa uma
pessoa, um local, uma coisa, e não uma ação (o ato de
pecar). Caso você interprete o termo nesta passagem
como verbo, sua compreensão bíblica poderá ser com-
parada à experiência de alguém que trafega pela saída
errada de uma rodovia.
Em seu clássico e altamente reconhecido trabalho,
Expository Dictionary of New Testament Words, W.E.Vine
afirma que, em 11 momentos após a cruz, o pecado é um
"poder governante ou princípio" o qual é "personificado". O
termo "pecado" é o poder representado como pessoa. Não
estou certo do que esta palavra significa na Bíblia, mas a
mim parece uma imitação de Satanás ao Espírito Santo. E o
poder que tem a habilidade de promover a guerra contra
nossa mente (Rm 7.21-23). O pecado trava sua batalha
com pensamentos, palavras ou imagens.
Para esclarecer, imaginemos que o pecado seja
personificado em um sargento, e você em um soldado
submisso à sua autoridade. Quando ele disser "sapo", você
pula. Então não existe escolha, pois o soldado está sob as
ordens do sargento.
A única maneira de você se livrar do "Sargento
Pecado" seria o término da autoridade dele ou o fim de sua
obrigação sob as suas ordens. Como isso poderia ocorrer?
Através da morte. Caso o Sargento Pecado morresse, você
estaria livre de sua autoridade.
Se Você falecesse, certamente estaria fora de sua
ditadura. De qualquer forma, um dos dois precisaria
morrer para que você fosse liberto. Tendo em mente,
considere agora esta passagem bíblica:
... sabendo isto: que nosso velho homem foi com ele
crucificado {você morreu}, para que o corpo do pecado seja
desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado. Porque
aquele que está morto está justificado do pecado [o
substantivo] (Rm 6.6,7). (Ênfases e colchetes adicionados.)
Sua morte espiritual (em Cristo) o liberta das
habilidades do pecado, para que você obedeça. E agora, de
certa forma, renasceu como um civil, livre da autoridade do
sargento.
... considerai-vos como mortos para o pecado, mas
vivos para Deus, em Cristo Jesus, Nosso Senhor (Rm 6.11).
Recomeçando sob Nova Direção
Eis uma parte do evangelho muito importante,
omitida pelos bem-intencionados professores, pois não a
vêem como realidade. Você morreu em Cristo quando Ele
foi crucificado (Rm 6.6). Então nasceu como uma nova
pessoa em Jesus, quando de sua ressurreição (leia 2 Co
5.17). Todos os verbos gregos que descrevem este
processo estão no passado. É um prato feito! Ele vem com
o pacote quando a pessoa é salva, e o batismo nas águas é
uma reconstituição simbólica disto (Rm 6.4). Como um
novo ser espiritual, você já não está mais sob a autoridade
do "Sargento Pecado". Agora possui um novo Mestre,
Jesus! Sua morte resultou em uma libertação permanente
da autoridade tirana do pecado sobre você. Não é preciso
mais dar atenção a ele, pois você está sob um novo
comando. Na verdade, morreu para o pecado e agora vive
para seu novo Líder, Cristo (leia Rm 6.13).
Imagine o "Sargento Pecado" gritando em seus
ouvidos, ordenando que você se levante da cama, corra e
pegue as pontas de cigarro com os dentes enquanto faz
cinqüenta flexões. Agora pense em sua pessoa, nascida
inteiramente nova (não o mesmo soldado cativo
ressuscitado da morte), sorrindo e dizendo: "Não perturbe,
sargento, você não tem mais autoridade sobre mim!"
Queridos leitores, se vocês conhecem a Jesus como
seu Salvador pessoal e Senhor, este é exatamente seu
novo relacionamento para com este poder que a Bíblia
chama de "pecado" (Rm 6.7).
A Estratégia Secreta de Satanás
Vamos agora dar ao pecado alguns trunfos. Ele não
desiste facilmente, pois sabe que nosso cérebro foi
programado durante os anos em que esteve sob sua
autoridade, e, embora você seja um novo cidadão,
provavelmente ainda reage de acordo com a antiga
maneira "militar". (A Bíblia chama estas antigas atitudes de
"carne" [leia Fp 3.3-9].)
Caso o "Sargento Pecado" pudesse de alguma forma
infiltrar-se em seu cérebro e personificar o antigo soldado -
você - que costumava estar tão prontamente submisso à
sua autoridade, então ele poderia constantemente "falar"
para o seu novo eu como se ainda estivesse sob o seu
comando! Ele tiraria vantagem de sua antiga condição de
"militar", utilizando pronomes singulares na primeira
pessoa (eu, meu, etc), e "falaria" com seu próprio sotaque.
Você seria seduzido a pensar que o raciocínio era
proveniente de sua própria mente!
Em qualquer situação que se encontrasse, o
"Sargento Pecado" falaria com você, disfarçado de antigo
soldado ("velho homem", "velha natureza"), intimidando,
tentando, acusando, atormentando, induzindo-o a agir
como se ainda lhe estivesse servindo. Ele finalmente o
confundiria tanto que você ficaria convencido de que
possui duas personalidades, a "civil" (boa) e a "militar"
(má). De fato, este é um erro comum ensinado por muitos
professores bem-intencionados. Se o "Sargento Pecado"
fosse hábil o suficiente, ele poderia até mesmo convencê-lo
de que você jamais se tornou um "civil". Felizmente, pela
graça de Deus, esta batalha já foi vencida - não por nós,
mas por Cristo. Participar de sua vitoria é uma simples
questão de crer que Jesus vive em nós e deseja repetir a
mesma vida vitoriosa por nosso intermédio. Você pode
dizer: "Bill e Anabel, eu nunca ouvi isto antes!" Responde-
ríamos: "Nós também não, até Deus começar a revelar-nos
isto, após ficarmos em um beco sem saída". Ele salvou
ambos: nosso casamento e Anabel de um provável suicídio.
Deixe-me dizer uma coisa: não absorva
ensinamentos bíblicos ministrados por qualquer pessoa,
sem antes pedir ao Espírito Santo que o examine para você
através da Bíblia e pelo testemunho dEle em seu próprio
espírito, por intermédio de um sentimento de aprovação
interior. Rogamos que você busque a opinião dEle quanto a
tudo que ensinamos.
Você Personificará Qualquer Coisa que Acredite
sobre si Próprio
Para cada versículo do Novo Testamento que fale
sobre Cristo habitando no cristão, há dez que afirmam
estar o crente em Jesus, ou seja, uma proporção de dez por
um! As passagens bíblicas que falam sobre sua habitação
em Cristo referem-se à sua morte e seu novo nascimento
nEle. Através deste processo de morte/ ressurreição, Deus
mudou sua identidade espiritual, de injusto para justo
("tudo certo" com o Senhor).
Sua essência agora é o seu espírito. Você é um ser
espiritual em veste terrena, não uma criatura física com
um espírito. Deus transformou sua identidade espiritual
através da crucificação do velho espírito homem/mulher e
reiniciou tudo, não física, mas espiritualmente, tornando-o
assim um novo ser espiritual!
Sugiro sinceramente que você invista algum tempo
pesquisando sobre esta questão tão importante. Procure
todos os termos "em Cristo" na Bíblia, incluindo "em Jesus
Cristo", "nele", "em Jesus", "naquele", etc. Tome nota dos
tempos dos verbos e das frases descritivas que Deus usa
para falar de você, o qual agora é uma "nova criatura" em
Cristo (leia 2 Co 5.17). O Senhor providenciou mais do que
o perdão para os nossos pecados; Ele transformou nossa
identidade espiritual de (homem/mulher) pecadores para
(homem/mulher) santos (santificados)!
Estas são as formas pelas quais Deus nos descreve
em sua Palavra. E tais descrições substituem qualquer
registro da personalidade mundana, as opiniões dos outros,
e até mesmo a sua própria! Seu novo nascimento em
Cristo proporcionou-lhe uma nova identidade - a verdadeira
agora, e por toda a eternidade. Aceitar esta realidade é
essencial para sua vitória sobre o pecado.
Você Precisou Morrer antes de Nascer de Novo
Como muitos crentes não sabem que foram
crucificados em Cristo antes de nascerem de novo, agora
estão sentenciados a concluir que são esquizofrênicos
espirituais. Dê uma olhada em algumas evidências bíblicas,
as quais afirmam que os cristãos precisam literalmente
morrer e renascer como novas criaturas:
Jesus disse: "Ninguém tira um pedaço de veste nova
e o põe em veste velha; pois rasgará a nova, e o remendo
da nova não se ajustará à velha" (Lc 5.36). Se aplicarmos
isto à nossa identidade em Cristo, Ele afirmava que não há
meios de uma pessoa ser um "militar" e um "civil"
simultaneamente.
Jesus disse: "Ninguém põe vinho novo em odres
velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se
perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em
odres novos" (Mc 2.22). Ele quis dizer que não é possível
colocar o Espírito Santo dentro do antigo "soldado", pois
este não resistiria! Apenas "civis" podem suportá-lo (leia Ez
36.26,27).
A Bíblia ensina que a luz não pode se misturar com
as trevas; contudo temos acreditado que nós, cristãos,
possuímos uma identidade bipolar de luz e trevas.
• Fomos justificados (completamente perdoados
e santificados I Co 6.11).
• Temos paz com Deus (Rm 5.1).
• Somos aceitos (Rm 17.7).
• Estamos livres da condenação (Rm 8.1).
• Somos filhos de Deus - o Senhor é literalmente
nosso "Pai" (Rm 8.14,15; Gl 3.26; 4.6).
• Somos o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16).
• Somos novas criaturas (2 Co 5.17).
• Somos a justiça de Deus em Cristo (2 Co 5.21).
• Somos santos (Ef 1.1; Fp 1.1).
• Temos acesso direto a Deus através do Espírito
Santo (Ef 2.18).
• Somos justos e santos (Ef 4.24).
• Somos remidos e perdoados de todos os nossos
pecados (Cl 1.14).
• Cristo é agora nossa própria vida (Cl 3.4).
• Somos filhos da luz e não das trevas (1 Ts 5.5).
• Somos inimigos do Diabo (1 Pe 5.8).
• Somos perfeitos em Cristo Jesus (Cl 2.10).
Casa Dividida Não Fica de Pé
Jesus disse - referindo-se à ação do enganador - que
"todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda
cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá"
(Mt 12.25b). Por que então os cristãos temos
ingenuamente acreditado que cada um de nós foi recriado
como uma "casa dividida contra ele/ela mesmos", "meio-
soldado", "meio-civil"? Eu pergunto a você: Poderia Deus,
aquEle "que vos chamou das trevas para sua maravilhosa
luz" (1 Pe 2.9), deliberadamente resgatá-lo para uma
experiência de vida do tipo "não consigo suportar",
estabelecendo-o como uma casa dividida entre si mesma?
Não!
Querido leitor, você não está travando uma batalha
"civil"! Estes pensamentos que o atormentam não são
seus. É o "Sargento Pecado" personificado em seu velho
homem que foi crucificado com Cristo. Trata-se do inimigo
de sua alma. Ele faz com que sua antiga identidade ainda
pareça viva.
Há uma trágica diferença entre o Cristianismo
contemporâneo e o do primeiro século. Nossos líderes e até
mesmo os mais elevados perfis de heróis da fé estão
vacilantes - Deus nos ajude! Se muitos deles não podem
resistir à tentação, que chances têm os membros das
igrejas?
Pela graça de Deus, aqueles que resistem às
tentações são os que descobrem o apropriado "mistério...
que é Cristo em vós" (Cl 1.27). Aqueles dentre nós que não
apenas sobrevivem mas são "mais do que vencedores
através dele" têm descoberto que nós não podemos viver a
vida cristã, mas somente Jesus, dentro de nós, consegue.
Aceitamos nossa verdadeira identidade em Cristo, e como
podemos deixar que Ele viva por nosso intermédio para
vencermos o poder do pecado?
Fazendo Casamentos Cristãos Darem Certo
Então, o que tudo isto tem a ver com discórdia
matrimonial? Qual a aplicação destas palavras às esposas
desencorajadas, maridos desapontados e casais
desiludidos? Como podem libertar-se da decepção
enfrentada pelas famílias em crise? Como este livro sobre
casamento pode conter qualquer esperança maior para nós
do que os outros? Nas páginas seguintes, o prezado leitor
descobrirá como a realidade da vida de Cristo em você o
capacitará e a seu cônjuge a fazer seu matrimônio dar
certo. Verá também como, a não ser através desta
realidade, nós mesmos destruímos nosso relacionamento,
bem como um ao outro. Você ouvirá de cada um de nós
como temos mudado de dentro para fora através da vida
de Cristo.
Graça sobre Graça
Co nversas Francas sobre Casamento é mais do que
um título de marketing. E nossa maneira de proporcionar
diferentes perspectivas dentro do mesmo livro. Você verá
algumas palavras de Anabel, outras de Bill, e diversas de
ambos. Esperamos que analisem juntos este livro - talvez
queiram lê-lo em voz alta. Oramos para que ao
compartilharmos nossa experiência pessoal, vocês vejam
como Cristo vive seu amor ágape através de nós e como
Ele fará o mesmo por vocês!
Cristo em mim, a esperança da glória. Esperança -
que bela palavra! Em nossos papéis como maridos e
esposas, em todas as coisas que fazemos como cristãos, é
imperativo que compreendamos esta poderosa verdade de
Cristo em e através de nós e o coloquemos em todos os
aspectos de nossas vidas. Ele é nossa única esperança
para sermos vitoriosos nos dias tenebrosos que
enfrentamos.
Carne Versus Carne = Desastre
Deus estabeleceu certas leis
para nós, como maridos e esposas.
Elas, assim como a gravidade,
são para o nosso bem, e, se as violarmos,
algo sairá errado.
Capítulo segundo
Anabel: A mesa redonda de carvalho, o piano, etc.
Estas mobílias não eram tão antigas quando as compramos
-foram as coisas mais baratas que pudemos encontrar na
loja de móveis usados. Agora que envelhecemos, elas se
tornaram mais valiosas. (Parece que os seres humanos são
os únicos que não ficam mais valiosos com o passar do
tempo!)
Portas de armários entalhadas. Antigas garrafas de
vidro para leite. A lata para guardar bolachas. Ao olharmos
estas simples coisas que repousam sobre a estante,
sentimos emoções variadas as quais têm sido
cuidadosamente depositadas em nosso "banco de
memórias" durante os anos de casamento.
Sonhos versus Realidade
Como uma jovem noiva, entrei para o santo reino do
matrimônio com grandes expectativas. É claro que possuía
grandes propostas para cada área de minha vida, porém a
maior era viver um casamento "perfeito".
Bill e eu fazíamos parte da geração romântica... mas
de alguma forma este romantismo não se tornara real.
Nosso casamento não era tão "perfeito" como eu esperava.
A vida não caminhava conforme meus planos.
Sonhos de Satisfação Pessoal
Bill: Quando Anabel relembra suas expectativas
matrimoniais, fico ciente de quão imaturo e despreparado
eu era para dar este passo tão importante.
Também preciso ser honesto. Sendo virgem, meu
maior interesse pelo casamento era que esta bela mulher
satisfizesse minhas necessidades físicas. Naquele tempo,
esta era para mim a definição de céu, pois parecia ser a
prioridade de minha vida. Eu possuía um bom emprego,
um futuro promissor e excelentes amigos com quem
caçava e pescava. Pensava que se tão-somente pudesse
resolver o problema do casamento, minha paixão seria
satisfeita e não mais interferiria em meus outros interesses
recreacionais. A vida seria uma suave navegação.
E quanto ao romantismo citado por Anabel?
Certamente era especial ouvir músicas românticas; mas
quando isto acontecia, elas eram apenas uma abertura
para o quarto. Minha preocupação era ter minhas
necessidades satisfeitas - periodicamente. Eu estava
preocupado somente comigo.
Quando a carne foi satisfeita, a fumaça da lua-de-mel
se dissipou e adentramos à vida de casados, outros
apetites surgiram: eu queria um carro novo, uma casa
nova, um barco a motor para pescar, além de desejar
escalar a montanha da carreira profissional.
Outros problemas causaram complicações adicionais.
Uma vez que o leito matrimonial havia removido um pouco
da minha inibição sobre a possibilidade de ser mais
agressivo sexualmente, comecei a analisar mais
seriamente as cercas que envolviam os "pastos mais
verdejantes" da vida. Encontrava-me em uma profunda
cova de desejos ardentes, e, por causa disso tudo, era um
homem frustrado e infeliz...
Anabel: Bill e eu sofremos. Deixe-me relembrar uma
cena típica dos primeiros anos de nossa ditosa vida
matrimonial. Meus pais viriam nos visitar; então eu
desejava que a casa estivesse em perfeita ordem.
Precisava instalar trilhos para as novas cortinas.
Entretanto, pedir que Bill fizesse coisas do gênero parecia
nunca dar muito certo (para suavizar!). Finalmente criei
coragem e resolvi solicitar-lhe este favor.
Sim, Bill foi condescendente para colocar a cortina,
mas cada palavra e cada movimento indicavam que
certamente não estava gostando de fazê-lo. Eu sabia o que
passava em sua mente: Mulher nenhuma me diz o que
fazer. Afinal, por que ela tem de trocar estas cortinas?
Mulher burra. Sempre tentando controlar meu tempo.
Enquanto isto, meus pensamentos refletiam minha
própria ansiedade: Oh, Senhor, não deixe que ele
machuque o dedo. Não permita que aconteça algo errado.
Eu sabia como deveria ser feito, qual o lado certo para
começar a instalar a cortina, mas me esqueci da ordem!
"Você poderia segurar a cortina do lado certo?"
solicitou-me Bill.
"Desculpe!" respondi-lhe.
"Eu já ensinei como você deve colocar esta cortina
umas dez vezes. Não sei por que preciso estar fazendo isto.
As janelas pareciam estar bem do jeito antigo!" retrucou
ele.
Naquele momento já havia um nó em minha garganta
e as emoções ameaçavam transbordar por todo o aposento
- não era exatamente o que tinha em mente para a visita
de meus pais!
À Maneira de Deus - Fazendo as Coisas
Acontecerem
Bill: Por que eu tinha que ser tão cabeça-dura? E por
que Anabel era tão insegura e medrosa em nosso
relacionamento? Para responder estas questões,
gostaríamos que você conhecesse o senhor Machão
Ameaçador Carne e a senhora Super Sensível Carne - Bill e
Anabel. Desejamos descrever nossos "padrões carnais"
para vocês e mostrar que permiti-los no controle da
situação quase destruiu nosso casamento.
Em primeiro lugar, precisamos compreender que Deus
estabeleceu certas leis na Terra. Tomemos a da gravidade
como exemplo. Ela existe para o seu bem, pois impede que
caia um planeta, faz com que as águas deslizem, e assim
por diante. Mas se for violada, algo de errado acontecerá.
Deus também estabeleceu certas normas as quais
designou para nós como marido e esposa, e Ele não é uma
pessoa arbitrária. As leis matrimoniais, assim como a da
gravidade, são feitas para o nosso bem, e, caso violadas,
algo dará errado. Pode ser conosco, com o nosso
casamento, com os nossos filhos. Alguma coisa não dará
certo, até que estejamos "no prumo", de acordo com o que
o Senhor deseja.
A descrição do trabalho de um deus falso é: "Ele dirige
todas as coisas". Existe apenas um Deus verdadeiro, e se
desejamos experimentar sua paz, precisamos deixar que
Ele nos conduza. Ele nunca nos deixará "entrar em seu
descanso", enquanto estabelecermos as nossas próprias
regras.
Senhor do Ringue
Usarei a mim mesmo como exemplo. Começando por
minha infância, mostrarei como o meu padrão carnal de
comportamento foi desenvolvido.
Papai e Mamãe cometeram alguns erros, mas não
posso culpá-los pelos meus atos. Gerei tais atitudes,
esforçando-me para satisfazer minhas necessidades na
casa deles. Eu os amo, e não modificaria meu passado,
pois agora posso vê-lo como sendo parte de minha
peregrinação com Cristo.
Deus é amor. Por isso, criou a cada um de nós com a
necessidade humana básica de sermos amados, pois se
não precisássemos de carinho, não necessitaríamos do
Senhor. Boa idéia, não?
Mas quando você e eu aparecemos na Terra, não
sabíamos coisa alguma sobre Deus. Então tratamos de
satisfazer nossa necessidade de ser amados. Cada um de
nós traçou um círculo imaginário ao seu redor e declarou-
se deus (governante) daquele "pedaço". Estabelecemos
nossas próprias regras, e lutamos para termos nossas
necessidades atendidas. Chamo isto de "brincando de
Senhor do Ringue". E esta ação é uma outra maneira de
descrever o pecado original.
O bebê é completamente egocêntrico, o pequeno
"senhor dó ringue". Se ele acordar às 2 horas da
madrugada com frio, molhado e faminto, não fica deitado
pensando: Coitadinha da mamãe, não posso fazê-la
levantar novamente esta noite. Ela precisa descansar. Vou
esperar até o amanhecer.
Sem chances! O bebê diz: "Ei, acorde! Venha cuidar de
mim!"
Eu Fiz à Minha Maneira
Por causa deste egocentrismo, o bebê aprende que
ninguém além dele mesmo é capaz de transmitir a lição
que obtém dos outros. Ele não entende coisa alguma sobre
as pessoas ao seu redor. Por exemplo: se ninguém de sua
família o beija, ele não conclui que é difícil para eles
demonstrarem afeição. Ele apenas descobre: Não sou
beijado. Quem iria querer fazer isso?
Embora com o raciocínio egoísta, a criança estabelece
padrões carnais para conviver em sua família - seu
"ringue".
Agora, é importante compreendermos que nossas
emoções "refletem" em nossas mentes. Se a pessoa dirige
seu raciocínio para estímulos medrosos, como o rosnar de
um "doberman", ela ficará com medo. Caso coloque em
sua mente que não é amada, ela não se sentirá digna de
ser beijada. Quando a razão fica voltada para estas coisas,
de maneira consistente, na escala de um a dez, seu
"sensor" ficará fixo no oito. Quando a pessoa tem cinco
anos de idade, todos os pontos inferiores a oito serão
corroídos.
Se seu sensor afirma que você é um "oito" sobre não
ser digno de receber beijos na maioria do tempo,
eventualmente acreditará que sua mente está certa. O
padrão da carne está sendo programado em seu cérebro.
A Viagem do Ego Machista
Vejamos como meus específicos padrões carnais
foram desenvolvidos. Ainda garotinho, era imperativo que
eu aprendesse a aceitar a mim mesmo como homem.
Como isto poderia ser feito? Aos seis anos, eu precisava
sentir que podia chutar a bola melhor do que uma menina,
transpirar mais do que ela ou lidar com cobras sem ser
mordido por elas. Resumindo, necessitava sentir que era o
sexo forte. Deus me fez assim. Não era uma viagem do
ego, e sim uma simples questão de ser homem. E tão
normal para os garotos serem desta forma como para as
garotas calçarem os sapatos de salto de suas mães. Fomos
destinados a ser dragões assassinos.
Meus pais eram os senhores do ringue também. Eles
estabeleceram seu casamento de maneira contrária ao
plano de Deus. Assim, mamãe realmente "representava" -
agia em sua vida diária - o papel de marido, e papai "fazia"
o papel de esposa. Este era um consentimento invertido,
de acordo com a maneira estabelecida pelo Senhor. Meu
pai era totalmente submisso à autoridade de minha mãe.
Caso eu pedisse autorização a ele para fazer qualquer
coisa, ouvia como resposta: "Pergunte a sua mãe".
Finalmente, rejeitei-o como meu modelo de padrão
masculino e parei de pedir-lhe algo.
Mamãe era fisicamente feminina, e por esta razão
representava a feminilidade para mim. Enquanto aprendia
a aceitar a mim mesmo como homem, gradativamente
comecei a tornar-me mais forte do que ela. Era como
escalar o monte Everest! Ninguém era mais robusto do que
minha mãe. Nós a descrevíamos como sendo "forte como
um acre de alho"- pelas suas costas.
Alguns filhos são tão intimidados em um ambiente
como este que, com muita ajuda do enganador, dão uma
guinada de 180 graus e tornam-se homossexuais. Outros
entregam sua masculinidade, imitando as atitudes de seus
pais e tornam-se passivos. Foi o que fez meu pai quando
criança. Estes homens passam a vida submissos a todo
mundo, esperando serem aceitos por nunca balançar o
barco. Ainda outros rebelam-se diante do domínio da mãe
sobre eles e relutam; desdenham da passividade do pai e o
rejeitam como modelo. Decidem provar que são másculos
ao seu modo, e desenvolvem padrões de masculinidade
carnais.
Escolhi a terceira opção. Enquando brincava de senhor
do meu ringue, eu me esforçava para ser masculino. Como
poderia provar minha masculinidade a mim mesmo?
Tornar-me-ia vulgar e profano. Seria um atleta, ou
aprenderia aquele olhar de "não pise em mim".
Infelizmente isto era um pouco difícil para um garoto
recém-saído das calças curtas, pesando 49 quilos. Quando
finalmente floresci e tornei-me um iniciante no futebol,
sabia que realmente existia um Deus.
O que mais eu poderia fazer? Seduziria as garotas do
colegial. Isto era ser macho! O problema é que ninguém
havia trocado beijos em nossa família. Mamãe nunca
permitiu que nem mesmo o cachorro nos lambesse. Então
eu não me sentia "beijável". Meu sensor estava estagnado.
Nunca havia feito sexo. Precisei lutar para começar a
beijar! Todos os meus conflitos sexuais tinham lugar em
minha vida de reflexão - um padrão carnal, a propósito, iria
eventualmente importunar-me em minha vida adulta como
cristão.
Todos esses elementos estavam envolvidos no
desenvolvimento de meus padrões carnais.
Meus Arquiinimigos
Um grupo de pessoas em particular transformou-se
em meu arquiinimigo. Elas eram a constante lembrança de
minhas fraquezas e inabilidade de aceitar a mim mesmo
como um homem "real". Elas tratavam minha
masculinidade da mesma maneira que minha mãe
costumava fazer. Eu jogava minha frustração sobre elas na
forma de insulto, sarcasmo, censura e ridicularização.
Mulheres fortes me impediam de aceitar a mim mesmo.
Elas bagunçavam meu "ringue."
Então eu me casei. Com que tipo de mulher? Alguém
que aliviaria a minha pressão, certo? Errado. Casei-me com
uma mulher forte como um acre de alho. Você pode
perguntar: "Mas por que fez isto?"
Porque meu sensor-antena estava bloqueado! Eu me
sentia como um garoto que tentava adentrar em outro
mundo com responsabilidades de um homem, e não podia
frear isto. Assim, casei-me com alguém que poderia
carregar o fardo dos dois papéis neste relacionamento.
Então, quando ela agiu exatamente como eu desejava,
fiquei descansado! Após o término da lua-de-mel, comecei
a desatrelar meu interminável suprimento de crítica,
sarcasmo e hostilidade contra as mulheres em cima de
minha preciosa esposa.
Tentei destruir Anabel.
Transformado por uma Mente Renovada
Após entregar minha vida a Cristo com a idade de 29
anos, todos os meus padrões de vida mundanos tornaram-
se minhas "velhas maneiras". Meu único conhecimento
sobre a "carne" assemelhava-se ao que Paulo descreve em
Filipenses 3.4-7. Eu havia me tornado uma "nova criatura",
e meu comportamento mudara de diversas formas.
Entretanto, mesmo tendo aceitado a Jesus, a velha
hostilidade e censura a Anabel realmente parecia piorar.
Meu cérebro havia sido programado de maneira errada
durante toda a minha vida, e ainda andava segundo a
carne. Aos olhos das pessoas, eu era uma alma piedosa.
Porém, na verdade era um destruidor de meu próprio lar. E
não podia desistir.
Finalmente, após 13 anos de frustração, tentando e
falhando em viver uma vida cristã, Deus conduziu-me ao
fim de meus recursos. Ele mostrou-me, através de minhas
fraquezas, que não havia colocado Cristo dentro de mim
para ser meu auxiliador, mas para expressar sua vida por
meu intermédio. Eu falhei em minha própria habilidade de
conduzir-me durante as crises mais profundas de minha
vida. Esta falha provou ser a melhor chave para descobrir
Cristo em minha existência.
Um Prêmio pelo Desempenho Vencedor
Anabel: Durante aqueles anos traumáticos de nosso
casamento, um psicólogo teria olhado para mim e dito: "Ela
não tem problemas". Porém, minha vida era um poço
profundo com paredes lisas e areia movediça no chão. A
falta de sossego fazia apenas com que eu afundasse mais.
Eu não conseguia sair daquela situação. Era infeliz,
frustrada, magoada. Apenas sobrevivia.
Casei-me com alguns atributos muito positivos. Era
eficiente, sociável e autoconfiante, com um histórico
escolar invejável: representante do conselho de alunos do
primeiro grau; presidente sênior do conselho de alunos do
segundo grau; oradora da formatura; eleita a garota mais
popular da escola - as coisas iam de vento em popa. Toda