Estudo comparativo das densidades dos ossos hamato, capitato e escafóide, por meio de radiografias.. por Vitor José Bazzo - Versão HTML
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Vitor José Bazzo
Estudo comparativo das densidades dos ossos hamato,
capitato e escafóide, por meio de radiografias digitalizadas
como um método para estimativa da idade óssea
São Paulo
2007
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Vitor José Bazzo
Estudo comparativo das densidades dos ossos hamato,
capitato e escafóide, por meio de radiografias digitalizadas
como um método para estimativa da idade óssea
Tese apresentada à Faculdade de Odontologia
da Universidade de São Paulo, para concorrer
ao título de Doutor pelo programa de Pós-
graduação
em
Odontologia,
Área
de
concentração em Diagnóstico Bucal (Sub-área
de Radiologia).
Orientador: Prof. Assoc. Evângelo Tadeu Terra
Ferreira
São Paulo
2007
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Catalogação na Publicação
Serviço de Documentação Odontológica
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Bazzo, Vitor José
Estudo comparativo das densidades dos ossos hamato, capitato e
escafóide, por meio de radiografias digitalizadas como um método para
estimativa da idade óssea / Vitor José Bazzo – São Paulo, 2007.
124p. : fig., graf., tab., 30 cm.
Tese (Doutorado junto ao programa de Pós-graduação em Odontologia,
Área de concentração em Diagnóstico Bucal - Sub-área de Radiologia) -
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
1. Radiografia de mão e punho - ossos do carpo - estudo densitométrico -
idade óssea
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO,
PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E
COMUNICADO AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO.
São Paulo, ___/___/2007.
Assinatura:
e-mail: bazzovj@terra.com.br
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FOLHA DE APROVAÇÃO
Bazzo VJ. Estudo comparativo das densidades dos ossos hamato, capitato e
escafóide, por meio de radiografias digitalizadas como um método para estimativa
da idade óssea [Tese de Doutorado]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da
USP; 2007.
São Paulo, ___/___/2007.
Banca Examinadora
1. Prof(a). Dr(a). __________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
Julgamento:____________________________Assinatura_________________
2. Prof(a). Dr(a). __________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
Julgamento:____________________________Assinatura_________________
3. Prof(a). Dr(a). __________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
Julgamento:____________________________Assinatura_________________
4. Prof(a). Dr(a). __________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
Julgamento:____________________________Assinatura_________________
5. Prof(a). Dr(a). __________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
Julgamento:____________________________Assinatura_________________
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DEDICATÓRIA
A Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Tudo com Ele, por Ele e para Ele.
À Nossa Senhora de Guadalupe que me conduz pela mão.
À minha mulher Sueli pelo carinho e amor a mim ofertados e aos
meus amados filhos João Vitor e Marina, pelos incontáveis
momentos de alegria que me proporcionam diariamente.
Aos meus pais, João e Linira a
Aos melhores irmãos que alguém
quem aprendo amar com mais
pode ter, Glauco, Lincoln e
intensidade a cada dia.
Patrícia, minha gratidão.
À minha cunhada Eliana, meus
sobrinhos Lucas e Beatriz e ao
À minha tia Miryam, minha eterna
meu cunhado Maurício.
gratidão.
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Á Virgem de Guadalupe
“Mãe do céu morena,
Senhora da América Latina,
de olhar e caridade tão divina,
de cor igual a cor de tantas raças.
Virgem tão serena,
Senhora destes povos tão sofridos,
patrona dos pequenos e oprimidos,
derrama sobre nós as tuas graças!”
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AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, Prof. Assoc. EVÂNGELO TADEU TERRA FERREIRA,
agradeço pela atenção a mim dispensada, pelos ensinamentos transmitidos e,
sobretudo pelos exemplos de dedicação, dignos de um grande mestre que
muito sabe e mesmo assim ensina com humilde e resignada atenção.
Ao Prof. Titular JURANDYR PANELLA, pelas oportunidades oferecidas, pela
confiança em mim depositada e pela amizade cultivada nestes anos de
convivência.
Aos professores da disciplina de Radiologia da Faculdade de Odontologia da
Universidade de São Paulo, Profa. Assoc. MARLENE FENYO SOEIRO DE
MATOS PEREIRA, Profa. Assoc. EMIKO SAITO ARITA, Prof. Assoc. ISRAEL
CHILVARQUER, Profa. Assoc. CLÁUDIO COSTA, Prof. Assoc. JEFFERSON
XAVIER DE OLIVEIRA, Prof. Assoc. CLÁUDIO FRÓES DE FREITAS, Prof.
Assoc. CÉSAR ÂNGELO LASCALA e Prof. Assoc. MARCELO DE GUSMÃO
PARAÍSO CAVALCANTI, pela saudável convivência e pelo aprendizado
destes anos, a minha admiração e gratidão.
Aos grandes amigos Profa. Dra. MARIA BERNADETE SASSO STUANI, Prof.
Msc. REINALDO JOSÉ ANTÔNIO DE FARIA, Prof. Dr. EDISON CALIXTO DA
FONSECA, Dra. ÁUREA LÚCIA ELIAS e Prof. Msc. RAPHAEL NAVARRO
AQUILINO, pelo incentivo e apoio durante estes anos de exercício da
Odontologia.
Aos colegas de doutorado MÁRIO SADDY, JORGE, VALÉRIA e PAULO
RENATO.
À secretária da disciplina de radiologia da FOUSP, Sra. MARIA CECÍLIA
FORTE MUNIZ, pelo inestimável auxílio em diversas ocasiões e por sua
simpatia e bom humor.
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À Bibliotecária VÂNIA MARTINS BUENO DE OLIVEIRA FUNARO, pela
orientação na normalização deste trabalho.
Agradeço a todos os professores e funcionários da FOUSP, pela boa vontade,
paciência e competência com que sempre me atenderam.
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Bazzo VJ. Estudo comparativo das densidades dos ossos hamato, capitato e
escafóide, por meio de radiografias digitalizadas como um método para estimativa
da idade óssea [Tese de Doutorado]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da
USP; 2007.
RESUMO
Objetivos: Avaliar a densidade radiográfica de três ossos do carpo – capitato,
escafóide e hamato, em pacientes do sexo masculino e do sexo feminino, com
idades entre 7 e 18 anos, por meio de um programa gerenciador de imagens –
Adobe Photoshop – 6.0®. Métodos: Leituras das intensidades de cinza de cada
imagem selecionada em cada osso e obtenção de um histograma referente aos
valores de número de pixels da imagem analisada, valor médio dos tons de cinza,
mediana e o desvio padrão da área selecionada na digitalização e tratamento
estatístico destes dados. Resultados: As comparações entre médias de
densidades dos ossos analisados para o sexo masculino, não apresentou médias
estatisticamente diferentes somente para a comparação capitato x hamato,
enquanto no sexo feminino as comparações entre ossos se mostraram
estatisticamente desiguais; a comparação entre média de densidade de cada osso
e idade cronológica apresentou dependência significativa somente para o osso
hamato no sexo masculino; a comparação entre as médias de densidade dos ossos
para os sexos masculino e feminino, mostrou não existir diferenças estatisticamente
significativas entre ambos considerando-se os três ossos analisados. Conclusões:
Para o sexo masculino na amostra analisada, houve dependência somente entre a
média de densidade dos ossos capitato e hamato, enquanto para o sexo feminino
não houve correlação de dependência entre os três ossos analisados; a
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comparação entre as densidades ósseas e a idade cronológica, indicou que
somente o osso hamato apresenta grau de dependência significativo com a faixa
etária no sexo masculino, enquanto no sexo feminino nenhum dos ossos
apresentou grau de dependência significativo em relação à idade cronológica na
amostra analisada; a densidade dos três ossos: hamato, capitato e escafóide, não
apresentam diferenças significativas quando comparadas entre sexo masculino e
feminino na mesma faixa etária.
Palavras-chave: Radiografia de mão e punho, ossos do carpo, estudo
densitométrico, idade óssea
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Bazzo VJ. Comparative study of the densities of hamate, capitate and scaphoid
bones by means of digitized radiographs as a method to estimate bone age [Tese
de Doutorado]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2007.
ABSTRACT
Objectives: To evaluate the radiographic density of three carpal bones (hamate,
capitate and scaphoid bones) in male and female patients aged 7 to 18 years by
means of an image-editing software (Adobe Photoshop - 6.0®). Methods: Readings
of gray intensities of each image selected in each bone and drawing of a histogram
referring to the values of number of pixels of the analyzed image, mean value of the
gray tons, median and standard deviation of the area demarcated in the digitized
image and statistical analysis of data. Results: For the male patients, comparisons
of the means of densities of the analyzed bones did not show statistically significant
difference only for the hamate X capitate pair. For the female patients, comparisons
among the bones appeared statistically different; comparison between the density
means of each bone and the chronological age showed significant dependence only
for the hamate bone in the male patients; comparison among the bone density
means for the male and female patients showed no statistically significant difference
between genders for the tree types of bone. Conclusions: In the evaluated
population, for the male gender, there was dependence only between the density
means of the capitate and hamate bones, while for the female gender there was no
dependence correlation among the three bone types; comparison between the bone
densities and the chronological age showed that only the hamate bone presented a
significant degree of dependence with the age group in the male patients, while in
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the female patients none of the bone presented a significant degree of dependence
in relation to the chronological age in the analyzed sample; the densities of the three
bones (hamate, capitate and scaphoid bones) did no show statistically significant
difference when compared between males and females belonging to the same age
group.
Key Words: hand and wrist radiography, carpal bones, densitometric study, bone
age
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 2.1 – Curva padrão de velocidade de crescimento estatural e estágios
de ossificação da mão e do punho, segundo Mercadante...........47
Figura 4.1 – Programa Adobe Photoshop – 6.0®, utilizado para leitura dos
níveis de cinza das imagens digitalizadas de mão e punho........59
Figura 4.2 – Radiografia digitalizada de mão e punho, de paciente do sexo
feminino, com 13 anos de idade. Área retangular-padrão
tracejada sobre o osso hamato, indicando a região a ser
analisada pelo histograma...........................................................60
Figura 4.3 – Modelo da ficha utilizada para a tabulação das informações
obtidas nas leituras densitométricas............................................61
Figura 4.4 – Resultado do histograma na análise do osso hamato
apresentando a média da densidade, desvio padrão, mediana e
número de pixels da região avaliada, em radiografia digitalizada
de mão e punho, de paciente do sexo feminino, com 13 anos de
idade.............................................................................................62
Gráfico 5.1– Detecção dos valores extremos ( outliers) para o osso capitato,
sexo masculino.............................................................................68
Gráfico 5.2– Detecção dos valores extremos ( outliers) para o osso escafóide,
sexo masculino.............................................................................69
Gráfico 5.3– Detecção dos valores extremos ( outliers) para o osso hamato,
sexo masculino.............................................................................70
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Gráfico 5.4– Detecção dos valores extremos ( outliers) para o osso capitato,
sexo feminino...............................................................................71
Gráfico 5.5– Detecção dos valores extremos ( outliers) para o osso escafóide,
sexo feminino...............................................................................72
Gráfico 5.6– Detecção dos valores extremos ( outliers) para o osso hamato,
sexo feminino...............................................................................73
Gráfico 5.7– Comparação entre as médias de densidade do osso capitato e as
idades dos pacientes – sexo masculino- A dependência não é
significativa...................................................................................81
Gráfico 5.8– Comparação entre as médias de densidade do osso escafóide e
as idades dos pacientes – sexo masculino- A dependência é
pouco significativa........................................................................81
Gráfico 5.9– Comparação entre as médias de densidade do osso hamato e as
idades dos pacientes – sexo masculino - A dependência é
significativa...................................................................................82
Gráfico 5.10– Comparação entre as médias de densidade do osso capitato e
as idades dos pacientes – sexo feminino- A dependência não é
significativa...................................................................................82
Gráfico 5.11– Comparação entre as médias de densidade do osso escafóide
as idades dos pacientes – sexo feminino - A dependência não é
significativa...................................................................................83
Gráfico 5.12– Comparação entre as médias de densidade do osso hamato as
idades dos pacientes – sexo feminino- A dependência não é
significativa...................................................................................83
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Gráfico 5.13 – Correlações ossos x idade para o sexo masculino...................84
Gráfico 5.14 – Correlações ossos x idade para o sexo feminino......................85
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LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1 – Resultado do teste Kolmogorov Smirnov de aderência à
normalidade para as médias de densidades ósseas geradas
pelos histogramas do osso capitato, sexo masculino. p>0,05 –
aceita-se o pressuposto de normalidade...................................65
Tabela 5.2 – Resultado do teste Kolmogorov Smirnov de aderência à
normalidade para as médias de densidades ósseas geradas
pelos histogramas do osso escafóide, sexo masculino. p>0,05 –
aceita-se o pressuposto de normalidade...................................65
Tabela 5.3 – Resultado do teste Kolmogorov Smirnov de aderência à
normalidade para as médias de densidades ósseas geradas
pelos histogramas do osso hamato, sexo masculino. p>0,05 –
aceita-se o pressuposto de normalidade....................................66
Tabela 5.4 – Resultado do teste Kolmogorov Smirnov de aderência à normalidade para
as médias de densidades ósseas geradas pelos histogramas do osso
capitato, sexo feminino. p>0,05 – aceita-se o pressuposto de
normalidade....................................66
Tabela 5.5 – Resultado do teste Kolmogorov Smirnov de aderência à
normalidade para as médias de densidades ósseas geradas
pelos histogramas do osso escafóide, sexo feminino. p>0,05 –
aceita-se o pressuposto de normalidade....................................66
Tabela 5.6 – Resultado do teste Kolmogorov Smirnov de aderência à
normalidade para as médias de densidades ósseas geradas
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pelos histogramas do osso escafóide, sexo feminino. p<0,05 –
não aceita-se o pressuposto de normalidade...........................67
Tabela 5.7– Comparação entre as médias de densidades dos ossos capitato e
escafóide, sexo masculino....................................................74
Tabela 5.8– Comparação entre as médias de densidades dos ossos capitato e
hamato, sexo masculino...........................................................75
Tabela 5.9– Comparação entre as médias de densidades dos ossos escafóide
e hamato, sexo masculino.........................................................76
Tabela 5.10– Comparação entre as médias de densidades dos ossos capitato
e escafóide, sexo feminino........................................................77
Tabela 5.11– Comparação entre as médias de densidades dos ossos capitato
e hamato, sexo feminino............................................................78
Tabela 5.12– Comparação entre as médias de densidades dos ossos
escafóide e hamato, sexo feminino...........................................79
Tabela 5.13– Síntese da comparação entre as médias de densidades dos
ossos capitato, escafóide e hamato realizadas pelo teste T-
Student, sexo masculino............................................................80
Tabela 5.14– Síntese da comparação entre as médias de densidades dos
ossos capitato, escafóide e hamato realizadas pelo teste T-
Student, sexo feminino..............................................................80
Tabela 5.15 – Correlações ossos x idade para o sexo masculino...................84
Tabela 5.16 – Correlações ossos x idade para o sexo feminino......................85
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Tabela 5.17 – Comparação entre as médias das densidades do osso capitato
entre o sexo masculino e o sexo feminino. As médias são
iguais.........................................................................................82
Tabela 5.18 – Comparação entre as médias das densidades do osso escafóide
entre o sexo masculino e o sexo feminino. As médias são
iguais.........................................................................................82
Tabela 5.19 – Comparação entre as médias das densidades do osso hamato
entre o sexo masculino e o sexo feminino. As médias são
iguais.........................................................................................83
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SCP surto de crescimento puberal
TW 1 método de Tanner e Whitehouse simples
TW 2 método de Tanner e Whitehouse modificado
kVp quilovoltagem-pico
mA miliamperagem
s segundo
mm milímetro
C3 3ª vértebra cervical
º graus
cm centímetro
mAs miliamperagem por segundo
m Metro
GHz gigahertz
MB megabytes
E.U.A Estados Unidos da América
kV quilovoltagem
d.p.i. dots per inch = pontos por polegada
bmp bitmap
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................20
2 REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................23
3 PROPOSIÇÃO................................................................................................53
4 MATERIAL E MÉTODO.................................................................................54
4.1 MATERIAL...................................................................................................54
4.1.1 Amostra.....................................................................................................54
4.1.2 Equipamento de informática.....................................................................55
4.2 MÉTODO.....................................................................................................55
4.2.1 Exames radiográficos de mão e punho....................................................55
4.2.2 Processamento, digitalização e arquivamento das imagens
radiográficas......................................................................................................56
4.2.3 Avaliação densitométrica..........................................................................57
4.2.4 Critério de Interpretação...........................................................................61
4.2.5 Tratamento estatístico..............................................................................62
5 RESULTADOS...............................................................................................65
6 DISCUSSÃO...................................................................................................88
7 CONCLUSÃO...............................................................................................100
REFERÊNCIAS...............................................................................................102
APÊNDICES....................................................................................................110
ANEXOS..........................................................................................................123
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20
1 INTRODUÇÃO
Os diversos métodos de avaliação da idade esquelética têm como
finalidade precípua estabelecer parâmetros para a estimativa aproximada da
idade e desenvolvimento ósseos de pacientes, uma vez que a idade
cronológica nem sempre se constitui um método seguro para este fim, em
razão da multiplicidade de fatores que podem influenciar no crescimento ósseo
acelerando-o ou retardando-o.
Dentre os métodos de avaliação da idade óssea, a análise da radiografia
de mão e punho possui destaque por se tratar de radiografia facilmente
executada, expondo o paciente a uma dose reduzida de radiação ionizante,
produzindo uma imagem com quantidade razoável de ossos em área não muito
extensa.
A análise da maturação óssea a ser realizada pela avaliação dos centros
de ossificação constitui-se uma tarefa relativamente simples, variando de
acordo com o método escolhido. Não obstante, estes centros de ossificação
apresentam uma seqüência de maturação invariável e previsível o que torna
estes métodos de análise de maturação óssea, muito confiáveis.
Esta previsibilidade pode auxiliar no diagnóstico e tratamento em
medicina, nas especialidades de pediatria e endocrinologia e especificamente
para a Odontologia, nas especialidades de odontopediatria, ortopedia funcional
dos maxilares e ortodontia, bem como pode oferecer dados importantes para
as perícias ligadas à odontologia legal.
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21
As análises dos ossos da mão e punho levam em consideração o
momento do aparecimento dos ossos carpais e das epífises do rádio, ulna,
metacarpos e falanges.
Dentre estes ossos analisados nas radiografias de mão e punho, os
ossos carpais denominados respectivamente escafóide, semilunar, piramidal,
pisiforme, trapézio, trapezóide, capitato e hamato, surgem e se modificam em
fases coincidentes com a ocorrência dos estágios de crescimento esquelético.
Exemplificando, o início de ossificação do processo unciforme do osso hamato
(estágio G1), também chamado de gancho do hamato, indica o início do surto
de crescimento puberal, importante evento de maturação esquelética,
sobretudo em pacientes submetidos a tratamentos ortodôntico e ortopédico.
Esta fase de desenvolvimento esquelético individual alcança o pico de
crescimento, pouco depois da completa mineralização do osso adutor do
sesamóide (osso do metacarpo) e do processo unciforme do osso hamato
(estágio G2) e daí por diante haverá uma desaceleração do crescimento e
conseqüente maturação óssea.
A análise do grau de ossificação destes ossos carpais em radiografias
de mão e punho convencionais pode, no entanto, sofrer variações inter e intra-
examinadores visto se tratarem de dados qualitativos oferecidos por
radiografias analógicas e estas variações podem reduzir a confiabilidade dos
métodos, sobretudo em situações limítrofes, em que a definição precisa da
idade influenciará decisivamente na abordagem terapêutica.
O advento dos métodos digitais de imagens radiográficas para a
Odontologia proporcionou a quantificação destes dados tornando mais segura
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22
a análise e possibilitando a mensuração digital das estruturas radiopacas
(cortical e trabeculado ósseo) e o estabelecimento de critérios rígidos
oferecidos pelos 256 tons de cinza componentes dos pixels de cada imagem
radiográfica.
Esta análise digital pode ser realizada por qualquer programa
gerenciador de imagens para computadores, dentre os quais, o programa
Adobe Photoshop, versão 6.0®, que avalia as diferentes densidades
radiográficas encontradas em áreas corticais e/ou áreas medulares fornecendo
as tonalidades de cinza predominantes em cada área, contribuindo para o
estudo ósseo-densitométrico.
O estudo da densitometria dos ossos do carpo, neste caso do capitato,
escafóide e hamato e as análises comparativas realizadas entre estes três
ossos, com auxílio do programa Adobe Photoshop, versão 6.0®, poderá
contribuir para a determinação do grau de ossificação dos ossos do carpo e da
idade óssea individual, por meio de dados qualitativos, complementando os
métodos convencionais e evitando a ocorrência de dificuldades surgidas por
fatores subjetivos, como na avaliação inter-examinadores, possíveis de ocorrer
nas análises quantitativas.
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23
2 REVISÃO DE LITERATURA
Pryor (1907) descreveu a seqüência de ossificação dos ossos do corpo
humano e em relação ao carpo, estudou a seqüência de aparecimento dos
centros de ossificação dos ossos carpais de acordo com as idades
cronológicas, indicando que o aparecimento da mesma é mais precoce no sexo
feminino quando comparado ao sexo masculino.
Broadbent (1931) iniciou o desenvolvimento de uma técnica radiográfica
lateral de crânio, na qual a cabeça do paciente era posicionada com auxílio de
um aparelho denominado craniostato e a distância foco-filme correspondia a
cinco pés. Esta técnica objetivava facilitar os estudos cefalométricos em
ortodontia, por meio de um posicionamento padrão do crânio durante a
execução da radiografia.
Thompson (1936) afirmava que o estudo do crescimento e
desenvolvimento infantis, importantes na avaliação da idade fisiológica, pode
ser realizado com o auxílio de radiografias de mão e punho e da avaliação do
conjunto dos ossos destas regiões. Segundo este autor, o aparecimento
gradual destes ossos e a sua maturação podem ser utilizados como um índice
para análise do desenvolvimento esquelético.
Greulich e Pyle (1959) propuseram um método para a estimativa da
idade esquelética com base na maturação dos ossos da mão e punho vistos
em radiografias. Neste método foram analisados o aparecimento e maturação
dos centros de ossificação do carpo assim como a maturação dos metacarpos
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24
e falanges e a correlação destes eventos com a idade cronológica do paciente,
levando-se em consideração as diferenças de maturação existentes entre o
sexo masculino e o sexo feminino. Dentre os ossos do carpo, o hamato surgiu
como centro de ossificação, em média, por volta dos 3 meses de idade em
meninos e meninas. O processo unciforme, ou gancho do hamato apareceu
nas imagens radiográficas, em média, com 12 anos e 6 meses em meninos e
10 anos em meninas. O início da ossificação do osso adutor do sesamóide
ocorreu em média, aos 13 anos em meninos e 11 anos em meninas.
Tavano (1976) pesquisou a aplicação das principais tabelas de avaliação
da idade biológica em 590 crianças brasileiras leucodermas, com idades entre
3 e 17 anos a fim de verificar a validade ou não da utilização destes índices e
constatou haver alta correlação entre idades cronológica e óssea quando estes
índices foram aplicados, sugerindo sua utilização pelos profissionais brasileiros.
Demirijan et al. (1985) estudaram a inter-relação entre 5 medidas para
avaliação da maturidade fisiológica em 50 meninas franco-canadenses:
menarca, pico de crescimento, maturidade esquelética, aspecto do osso
sesamóide e desenvolvimento dental. Constataram que o aspecto do osso
sesamóide teve alta correlação com a maturidade esquelética e ambos com a
menarca na avaliação da maturidade fisiológica daquela amostra.
Para Tibério e Vigorito (1989), a radiografia de mão e punho constitui-se
em um importante elemento para diagnóstico, na qual o estado de
desenvolvimento pode ser estimado pela presença ou ausência de centros de
ossificação, ou ainda, de acordo com os tamanhos dos ossos. Para os autores,
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25
a maturação óssea carpal pode ser considerada como um bom indicador do
estado de crescimento e desenvolvimento de um paciente.
Mitani e Sato (1992) compararam o crescimento mandibular durante a
puberdade com outras variáveis: crescimento do osso hióide, crescimento das
vértebras cervicais, desenvolvimento dos ossos da mão e punho e altura
corpórea e verificaram que o crescimento mandibular é muito variável e
imprevisível, não sendo recomendado seu uso pelos ortodontistas como
parâmetro para planejamento dos tratamentos ortodônticos.
Sá Filho (1994) afirmou que existe uma relação muito evidente entre o
pico de crescimento estatural e facial e a formação dos ossos da mão e carpo.
Desta maneira o autor recomendou incluir nos meios de diagnóstico,
principalmente entre as idades de 11 e 15 anos, informações sobre o
crescimento e desenvolvimento dos pacientes. Dos eventos de ossificação na
região da mão e carpo, o pico de velocidade de crescimento ocorreu após a
ossificação inicial do pisiforme, ossificação inicial e avançada da apófise
unciforme e a ossificação do sesamóide do polegar.
De Simone et al. (1995) compararam as curvas de crescimento em
indivíduos obesos (1250 indivíduos com idades entre 4 e 18 anos), analisando
a velocidade de crescimento pelo método de Tanner-Whitehouse II, com os
níveis séricos de insulina e glicose apresentados por estas pessoas. Afirmaram
que existe uma aceleração do crescimento em crianças obesas desde os
primeiros anos de vida. Esta vantagem estatural foi mantida até o início da
puberdade, quando ocorre um menor estirão de crescimento em comparação
com indivíduos magros na mesma fase etária. A vantagem de crescimento
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26
gradualmente decresceu e as estaturas médias na idade adulta se equivaleram
em indivíduos gordos e magros.
Rucci et al. (1995) entendem que o método de Tanner e Whitehouse é o
melhor método para análise do desenvolvimento esquelético, porém pouco
aplicado, devido sua complexidade e longo tempo exigido na análise. Para
superar estas dificuldades, estes autores propuseram um programa de
computador para implementação do método de Tanner e Whitehouse que se
baseava na presença, posicionamento e formato dos ossos de interesse na
análise. Para o desenvolvimento deste programa, utilizaram radiografias de
mão e punho que passaram por processo de digitalização e em seguida foram
submetidas à leitura digital realizada por uma rede de sensores programados
para a análise. Este sistema tinha como vantagens a capacidade de memória,
tolerância ao ruído da imagem e a capacidade de armazenar parâmetros para
a avaliação. Os resultados preliminares desta análise digital do método de
Tanner e Whitehouse se mostraram bastante encorajadores por apresentarem
resultados qualitativos para as análises.
Polito et al. (1995) estudaram a maturação esquelética em 60 crianças
obesas, com idade média de 7,7 anos, analisando o rádio, ulna e ossos do
carpo e constataram haver maturidade esquelética mais precoce nestas
crianças, resultando maior estatura média para a idade estudada.
Hassel e Farman (1995) utilizando radiografias cefalométricas laterais e
de mão e punho de 220 indivíduos do sexo masculino e do sexo feminino,
estudaram a maturação da segunda, terceira e quarta vértebras cervicais
correlacionando-as com os eventos de maturação óssea verificados em
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radiografias de mão e punho e mostraram que o estudo destas três vértebras
em radiografias cefalométricas laterais pode ser um método eficaz na avaliação
do potencial de desenvolvimento esquelético individual.
Haiter Neto (1995) desenvolveu um software para cálculo da idade
óssea para verificar a aplicabilidade de recursos de informática ao método de
Eklöf e Ringertz para a estimativa de idade óssea com o auxílio de radiografias
de mão e punho. A idade óssea foi calculada de três maneiras diferentes:
primeiramente as medidas dos ossos e os cálculos eram feitos manualmente,
em seguida as medidas eram realizadas manualmente e os cálculos no
computador e finalmente as medidas dos centros de ossificação e os cálculos
eram feitos no computador. A amostra estudada era composta por 190
indivíduos pré-escolares e escolares brasileiros, residentes na cidade de
Bauru, do sexo masculino e do sexo feminino divididos em 19 faixas etárias. Os
resultados mostraram que houve alta correlação para o sexo masculino e sexo
feminino entre idade cronológica e idade óssea obtida. Houve também alta
correlação entre as três maneiras utilizadas para o cálculo da idade óssea,
mostrando que qualquer um dos métodos pode ser usado com segurança.
Moraes e Moraes (1996) analisaram amostra de 207 indivíduos com
idades variando entre 4 e 12 anos, sendo 99 do sexo masculino e 108 do
feminino e verificaram por meio de radiografias de mão e punho a existência de
simetria no desenvolvimento da mão esquerda e mão direita e se essas
diferenças, quando presentes, influem no cálculo da idade óssea. Afirmaram
que, uma vez somados os valores para o sexo masculino e sexo feminino os
resultados indicavam 44,4% de simetria entre mão direita e esquerda e 55,5 %
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de assimetria entre ambas as mãos, mas que estas variações de
desenvolvimento que caracterizavam as assimetrias eram tão pequenas que
não havia diferença estatística nos cálculos da idade óssea.
Jiménez-Castellanos et al. (1996) estudaram a maturação esquelética do
segmento distal dos membros superiores em 239 meninas e meninos
espanhóis com idades entre 0 e 14 anos utilizando o Atlas de Greulich e Pyle
como referência. Os resultados demonstraram que os meninos apresentaram
um atraso de 3 meses em média na ossificação em relação aos padrões do
Atlas, enquanto as meninas apresentaram índices de maturidade óssea
semelhantes aos do Atlas de Greulich e Pyle. No geral, as melhores
concordâncias entre idade óssea e idade cronológica ocorreram na análise das
epífises distais da ulna e rádio e nos ossos do metacarpo. Os ossos do carpo
apresentaram valores médios mais discrepantes em relação à idade
cronológica, indicando que a avaliação da idade óssea não pode ser realizada
tomando-se como parâmetro somente os ossos do carpo.
Para Franco et al. (1996) a compreensão dos eventos relacionados ao
crescimento e desenvolvimento ósseo, são de suma importância para a
ortodontia clínica, pois os estágios de maturidade têm influência decisiva no
diagnóstico, planejamento, prognóstico e resultado final do tratamento. Estes
autores se propuseram a analisar as formas pelas quais o clínico pode utilizar
as radiografias de mão e punho para a determinação da idade óssea e a época
de maturação esquelética de seus pacientes. Mostraram que a ossificação do
osso sesamóide, cuja incidência de agenesia pode ser de aproximadamente
0,5%, pode ser utilizada como parâmetro para indicar o início do surto de
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