Soneto do juramento por Manuel Maria Barbosa du Bocage - Versão HTML
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Soneto do Juramento
Bocage
Soneto localizado em um caderno onde poemas de Bocage e de Pedro José Constâncio estavam misturados, não tendo se chegado em nenhuma conclusão definitiva sobre a autoria do mesmo.
Eu foder putas?... Nunca mais, caralho!
Hás de jurar-mo aqui, sobre estas Horas:
E vamos, vamos já!... Porém tu choras?
"Não senhor (me diz ele) eu não, não ralho":
Batendo sobre as Horas como um malho,
"Juro (diz ele) só foder senhoras,
Das que abrem por amor as tentadoras
Pernas àquilo, que arde mais que o alho".
Co'a força do jurar esfolheando
O sacro livro foi, e a ardente sede
O fez em mar de ranho ir soluçando...
Ah! que fizeste? O céu teus passos mede!
Anda, herético filho miserando,
Levanta o dedo a Deus, perdão lhe pede!